“Mulheres que amam demais”

Você acredita que amar é sinônimo de sofrimento?

É comum ouvirmos das pessoas a seguinte afirmativa: “Não dou sorte no amor.” “Escolho sempre a pessoa errada.” “Meus relacionamentos começam maravilhosamente, mas duram pouco e acabam muito mal.”.

Por que muitas mulheres procuram alguém para amá-las e parecem encontrar, inevitavelmente, parceiros doentios e não afetuosos?

Nossa conversa com você, hoje, será exatamente sobre estas escolhas que fazemos para nossos relacionamentos afetivos.

Existem relacionamentos que não satisfazem as necessidades, mas são difíceis de serem terminados. O parceiro é inadequado, desatencioso ou inacessível, mesmo assim, não é possível abandoná-lo. Quando isto acontece estamos diante de uma situação intitulada por Robin Norwood em sua obra “Mulheres que amam demais”, como sendo um “amor exagerado” uma obsessão.

 Alguns acreditam que amar é sofrer e medem a intensidade do seu amor pela quantidade de sofrimento. Quando isto acontece estamos diante de um comportamento  obsessivo perdemos o controle sobre nossas emoções e atitudes. Neste momento  ocorre uma incapacidade para sair da situação.

Amar demais é viver cheia de medos: medo de estar sozinha, medo de não ter valor, nem merecer amor, medo de ser ignorada, abandonada ou destruída. Oferece-se amor ao parceiro, esperando que em troca ele cuide de seus medos.

Algumas características são típicas de mulheres que amam demais:

  • Com medo de ser abandonada, você faz qualquer coisa para impedir o fim do relacionamento.   É como se, ao ser abandonada por um homem você fosse incapaz de sobreviver sozinha.
  • Diante de um homem que se diz estar numa situação difícil (fim de relacionamento, perda de emprego, entre outras), quase nada é problema, você não  vê obstáculos  para “ajudar” o homem com quem está envolvida:
    • Compra-lhe roupas para melhorar sua auto-imagem.
    • Achar-lhe um terapeuta e implorar que se consulte.
    • Financiar hobbies (passatempos) caros para ajudá-lo a ocupar-se.
    • Dar-lhe casa para morar para que se sinta segura.
    • Habituada a falta de amor em relacionamentos pessoais, você está disposta a ter paciência, esperança, tentando agradar cada vez mais. Mesmo que este homem tenha um histórico de comportamentos inadequados e estes possam estar se repetindo com você, sua crença esta  em : “Ele vai mudar.” “comigo será diferente.” “ Amanha  será diferente.”
    • Você está disposta a arcar com mais de 50 por cento da responsabilidade, da culpa e das falhas em qualquer relacionamento. Acreditando nisto você é presa fácil para homens perigosos, pois acreditará que ele foi agressivo ou desonesto por culpa de sua ex-parceira.
      • Acreditando ser responsável por fazer com que um relacionamento  “de certo”, une-se a parceiros irresponsáveis e culposos (aqueles que são sempre vitimas). O que contribui para aumentar a sensação de que tudo depende de você.

 

“Quando amamos demais, vivemos num mundo de fantasias, em que o homem com quem estamos tão infelizes ou tão insatisfeitas é transformado naquilo em que gostaríamos que ele fosse, ou em que realmente se transformará com nossa ajuda”.

Mulheres que amam demais precisam de ajuda para não se colocarem em situações de sofrimento e risco, seja físico ou emocional. Aprender  a ter autoconsideração e amor por ela mesma.

Sentir-se digna do melhor que a vida pode oferecer é um dos melhores sentimentos quando estamos buscando nosso crescimento.

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